A CBJ está junto com o COB na defesa pelo adiamento dos Jogos Olímpicos e parabeniza o presidente Paulo Wanderley pela coragem e liderança. O mundo enfrenta um momento de agravamento da crise de saúde provocada pela pandemia de COVID-19 que exige responsabilidade e comprometimento de todos.
O fechamento de clubes, academias e centros de treinamento por todo o Brasil, bem como a paralisação das competições internacionais e nacionais impossibilitam uma preparação adequada dos nossos judocas para a competição mais importante de suas vidas.
O momento, portanto, é de prezarmos pelo bem-estar dos nossos atletas e cuidarmos da saúde mundial de forma coletiva para o melhor bem individual e universal, como prega um dos princípios do judô, o Jita Kyoei (solidariedade para prosperidade e benefícios mútuos).
Leia abaixo a nota oficial do Comitê Olímpico do Brasil:
NOTA OFICIAL - COB defende adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio em um ano
O Comitê Olímpico do Brasil defende a transferência dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021, em período equivalente ao originalmente marcado, entre o fim de julho e a primeira quinzena de agosto.
A posição do COB se dá por conta do notório agravamento da pandemia do COVID-19, que já infectou 250 mil pessoas em todo o mundo, e pela consequente dificuldade dos atletas de manterem seu melhor nível competitivo pela necessidade de paralisação dos treinos e competições em escala global.
“Como judoca e ex-técnico da modalidade, aprendi que o sonho de todo atleta é disputar os Jogos Olímpicos em suas melhores condições. Está claro que, neste momento, manter os Jogos para este ano impedirá que este sonho seja realizado em sua plenitude”, afirma o presidente do COB, Paulo Wanderley, que comandou a seleção brasileira em Barcelona 1992.
O COB ressalta que a sugestão de adiamento em nada altera a confiança da entidade no Comitê Olímpico Internacional (COI) de que a melhor solução para o Olimpismo será tomada.
“O COI já passou por problemas imensos anteriormente, como nos episódios que culminaram no cancelamento dos Jogos de 1916, 1940 e 1944, por conta das Guerras Mundiais, e nos boicotes de Moscou 1980 e Los Angeles 1984. A entidade soube ultrapassar estes obstáculos, e vemos a Chama Olímpica mais forte do que nunca. Tenho certeza de que o Thomas Bach, atleta medalha de ouro em Montreal 1976, está plenamente preparado para nos liderar neste momento de dificuldade”, completa Paulo Wanderley.
Desde o início da pandemia, o COB tem priorizado a saúde e o bem-estar dos atletas brasileiros e colaboradores do Comitê. Ha uma semana, a entidade cancelou eventos públicos e preparatórios para os Jogos e determinou na terça-feira o fechamento total do CT Time Brasil.