PARIS 2024 - Ketleyn Quadros começa bem, mas para nas oitavas de final do judô
Brasileira estreou com vitória, mas caiu na segunda luta para a francesa Clarisse Agbegnenou, campeã olímpica em Tóquio 2020, nesta terça-feira (30)
O judô brasileiro teve Ketleyn Quadros (63kg) como representante do meio-médio feminino no quarto dia de disputas dos Jogos Olímpicos Paris 2024. Nesta terça-feira (30), ela estreou com bela vitória na primeira rodada, mas acabou superada nas oitavas pela francesa Clarisse Agbegnenou, campeã olímpica e seis vezes mundial, e deixou mais cedo sua terceira participação olímpica.
“Tenho essa característica de gostar de lutar com esses adversários fortes, porque me prepara para o melhor que eu tenho para dar. Então, estava bem confiante, convicta que sairia da luta com a vitória. Mas, como no judô as coisas se definem no tatame, não tem lamentação. Uma coisa que a gente aprende no judô é levantar e cair e reconhecer quando alguém foi melhor naquele momento. E foi isso que aconteceu”, analisou Ketleyn.
Ela teve uma estreia dominante, vencendo a espanhola Cristina Cabana Perez sem dificuldades, na primeira rodada. Aos 36 segundos de luta, anotou um waza-ari ao projetar a adversária em um bonito sumi-gaeshi e confirmou a vitória logo depois com um novo waza-ari, avançando assim às oitavas de final.
Na luta seguinte, encarou a francesa Clarisse Agbegnenou, atual campeã olímpica e seis vezes campeã mundial. O confronto se estendeu em desvantagem para a brasileira, que somou duas punições no placar. Pendurada e precisando ir para cima, acabou projetada em waza-ari a cinco segundos do fim e despediu-se da competição.
Nas últimas Olimpíadas, Ketleyn foi bronze em Pequim 2008, tornando-se a primeira brasileira com uma medalha olímpica em modalidades individuais, e sétima colocada em Tóquio 2020.
Mas ainda não é o fim. Ela volta a competir neste sábado (03), na disputa por equipes mistas, e ainda pode sair da Arena Champ de Mars com uma medalha olímpica. Agora, o foco total é nisso.
“A parte chata de sair agora é a chateação que é inevitável, mas a parte boa de aprender com isso aqui é que a gente ainda tem mais uma chance de sair com a medalha no peito. Então esse é o foco total, mesmo não sendo a minha categoria, acho que pode ser um fator positivo para o Brasil, levando toda essa velocidade e garra que as meninas talvez não estejam acostumadas. Essa vontade de ‘vamos começar de novo’, que seja agora nas equipes, levando toda essa força, porque acredito muito”, concluiu.