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03/01/2024 11:55:00
Seleção Brasileira - Principal

Mariana Silva anuncia aposentadoria dos tatames aos 33 anos

Judoca representou o Brasil em dois Jogos Olímpicos e foi quinta colocada no Rio 2016, além de ter conquistado diversas medalhas no Circuito Mundial

Mariana Silva anuncia aposentadoria dos tatames aos 33 anos
Mariana Silva despede-se do judô aos 33 anos com duas participações olímpicas no currículo. Foto: Marcio Rodrigues/CBJ

Mais uma grande atleta do judô brasileiro está se despedindo dos tatames. Aos 33 anos, Mariana Silva anunciou, nesta quarta-feira, 03,, sua aposentadoria como atleta. Natural de Peruíbe, São Paulo, a judoca integrou a seleção brasileira de 2009 a 2020 e representou o Brasil em duas edições de Jogos Olímpicos, Londres 2012 e Rio 2016, na categoria meio-médio feminina (63kg). 


“É com muita alegria e gratidão (...) que eu me despeço dos tatames. Foram anos de muitas lutas, vitórias, derrotas e muito aprendizado. Sou muito grata a Deus, primeiramente, por ter me guiado a esse caminho esportivo que mudou completamente a minha vida. Por todos os anjinhos que me impulsionaram e, muitas vezes, me levaram no colo para que eu conseguisse realizar o meu sonho olímpico”, disse. 


No ciclo para Tóquio 2020, Mariana enfrentou o maior desafio que um atleta pode encarar, uma lesão grave no joelho que freou suas possibilidades de buscar uma terceira participação. Mas, ela seguiu acreditando no sonho, superando os obstáculos até sua última competição, a Seletiva Olímpica Paris 2024, em junho do ano passado, onde terminou em 5º lugar.


Mari começou no judô aos 7 anos de idade, no projeto social Curumim Budokan de Peruíbe. Destacou-se rapidamente nas categorias de base e conseguiu participar de um intercâmbio esportivo no Japão, onde estudou e treinou judô dos 15 aos 19 anos. 


No Brasil, representou a Academia Rogério Sampaio (SP), o Minas Tênis Clube (MG), o Instituto Arrasta (MG) e o Esporte Clube Pinheiros (SP), onde encerrou sua carreira. 


“Quero agradecer também a Confederação Brasileira de Judô, o Comitê Olímpico do Brasil e a Marinha do Brasil, onde tive a oportunidade de representar por 8 anos”, relembrou. 


Em seus onze anos de seleção, conquistou resultados relevantes no circuito mundial, como medalhas em etapas de Grand Slam e Grand Prix, além do título pan-americano, em 2016, vencendo a cubana Maricet Espinoza, em Havana, na grande final. Foi medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 e campeã dos Jogos Mundiais Militares individual e por equipes, em Mungyeong 2015.


Mas, foi nos Jogos Olímpicos do Rio que Mariana fez a competição da sua vida e escreveu uma das páginas mais bonitas de sua trajetória. 


Lutando em casa, ao lado da família e amigos, ela derrotou duas super favoritas nas preliminares: a campeã europeia Martyna Trajdos, da Alemanha, e a campeã mundial Yarden Gerbi, de Israel. Chegou à semifinal com muito mérito, mas sucumbiu à eslovena Tina Trstenjak, número um do mundo, que viria a ser campeã olímpica. 


Mari teve a chance de disputar a medalha de bronze que, por muito pouco, não veio para a brasileira. A adversária Anicka Van Emdem, da Holanda, conseguiu um yuko, a menor pontuação da época, e deixou Mariana com o honroso quinto lugar.


“Obrigada a todos que torceram, vibraram e choraram comigo nas Olimpíadas do Rio, foi muito especial. (Sou) A única mulher (brasileira) a disputar uma medalha olímpica na categoria meio-médio (63kg) até hoje. Espero e irei torcer muito para que esse feito seja quebrado esse ano, que, para mim, já é um lindo ano, pois é um ano olímpico”, concluiu. 


A Confederação Brasileira de Judô te agradece por toda a dedicação e por representar o Brasil com honra, desejando muito sucesso nos novos caminhos. 


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