Brasil fatura mais sete medalhas e fecha o Pan de judô com melhor desempenho no individual
Beatriz Souza (+78kg) e Guilherme Schimidt (81kg) foram campeões, enquanto Rafael Silva (+100kg) foi prata e Luana Carvalho (70kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Rafael Buzacarini (100kg) ficaram com bronze
Mais sete medalhas foram conquistadas pelo Brasil neste sábado, 27, último dia de competição individual do Campeonato Pan-Americano e Oceania de Judô Rio 2024. Beatriz Souza (+78kg) e Guilherme Schimidt (81kg) foram campeões, enquanto Rafael Silva (+100kg) foi prata e Luana Carvalho (70kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Rafael Buzacarini (100kg) ficaram com bronze.
Somando com as medalhas conquistadas na sexta, o país liderou o quadro geral, fechando a competição com seis ouros, três pratas e seis bronzes.
“O judô brasileiro, mais uma vez, cumpriu sua missão. Terminamos líderes do quadro geral de medalhas, com uma diferença considerável para o segundo colocado. O Campeonato Pan-Americano é muito importante nessa reta final de preparação em termos de pontuação, de recolocação em posição de cabeça de chave”, resumiu Marcelo Teothonio, gerente de alto rendimento da CBJ.
Guilherme Schimidt bate canadense de virada e é tricampeão
O primeiro ouro conquistado pelo Brasil neste sábado foi com emoção. Guilherme Schimidt chegou à final do 81kg depois de bater Hugo Rumbo (Vanuatu), Jorge Perez (Chile) e Max Stewart (Jamaica), todos por ippon.
Na decisão, o canadense François Gauthier-Drapeau conseguiu abrir um waza-ari de vantagem, mas Schimidt persistiu e encaixou uma técnica de sacrifício que lhe garantiu o ippon e o ouro.
Beatriz Souza segue soberana e conquista quinto título continental
O último ouro do Brasil no Rio veio com um belo ippon de Beatriz Souza (+78kg) na final com a canadense Ana Laura Portuondo, que surpreendeu a veterana Idalys Ortiz, de Cuba, na semifinal. Antes, Bia havia batido Katherine Quevedo (Chile) e Amaranta Urdaneta (Venezuela), ambas por ippon.
Foi o quinto título pan-americano da brasileira, que já está convocada para Paris e, com os pontos do continental, deve se firmar cada vez mais como uma das cabeças-de-chave para os Jogos Olímpicos.
Baby é prata em final definida nas punições
O Brasil poderia ter saído da Carioca 1 com mais um ouro, que escapou do peso pesado Rafael Silva. Depois de vencer Victor Ochoa (México) e Jonathan Lyonaz (CUB), Baby encarou o cubano Andy Granda, na final pelo título pan-americano.
Em poucos minutos de luta o placar já tinha duas punições para cada e, antes do final do cronômetro, a arbitragem puniu Rafael Silva por falta de combatividade, dando a vitória a Granda.
Quatro bronzes para fechar
A seleção ainda teve seis atletas lutando por medalhas de bronze e quatro deles saíram com medalhas no peito. Luana Carvalho (70kg) levantou a torcida que a apoiou fortemente desde a primeira luta, vencendo Elvismar Rodriguez, da Venezuela, com um waza-ari. Ela havia batido Sairy Colon, de Porto Rico, mas caiu para Celinda Corozo, do Equador, nas quartas. Na repescagem, Luana bateu Ebony Drisdale-Dale, da Jamaica e foi ao bronze.
Na mesma categoria, Ellen Froner (70kg) encarou Celinda Corozo e caiu nas punições, ficando em quinto lugar. Antes, ela havia batido Mackarena Figueroa (CHI), e perdeu para Maria Perez, de Porto Rico, que foi a grande campeã. Na repescagem, Ellen superou Saya Middleton, da Austrália.
Rafael Macedo (90kg) também ficou com o bronze, depois de vencer Louis Krieber-Gagnon, do Canadá, por ippon. O brasileiro, então atual campeão continental, foi surpreendido na semifinal por John Jayne, dos Estados Unidos, que ficou com a prata. O ouro foi para o dominicano Robert Florentino.
No 100kg, o Brasil teve dobradinha de bronze, com Rafael Buzacarini (100kg), que perdeu a semifinal para Shady El Nahas, do Canadá, campeão do Pan. Na disputa pelo bronze, o adversário não se apresentou e Buzacarini ficou com a medalha.
Já Leonardo, precisou bater Liester Cardona, de Cuba, por ippon, para conquistar o bronze, recuperando-se de uma derrota na semifinal para o canadense Kyle Reyes.
Gabriel Falcão (81kg) lutou seu primeiro pan-americano na nova categoria e ficou com um quinto lugar após ser desclassificado por apoiar a cabeça durante a execução do golpe na disputa de bronze com Adrian Gandia, de Porto Rico.
Em comparação ao Pan de Calgary, no ano passado, o Brasil manteve o mesmo número de ouros (6) e de medalhas (15).
Competição por equipes mistas terá clássico Brasil x Cuba
Os judocas retornam ao tatame no domingo, 28, para a competição por equipes mistas que terá apenas Brasil e Cuba, já que a equipe da Argentina se retirou do evento.
Serão, portanto, dois combates para definir a melhor equipe do continental. As lutas começam às 10h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo do Canal Olímpico do Brasil e NSports.