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17/09/2024 13:01:00
Arbitragem

Árbitro brasileiro é promovido a supervisor de arbitragem da Federação Internacional de Judô

André Mariano dos Santos, árbitro olímpico em Tóquio e Paris, atuará, agora, na comissão de análise de vídeo nos eventos da FIJ

Árbitro brasileiro é promovido a supervisor de arbitragem da Federação Internacional de Judô
Andre Mariano, novo supervisor de arbitragem da Federação Internacional de Judô. Foto: Emanuele di Feliciantonio/IJF

Depois de uma carreira longa atuando como árbitro central no tatame dos principais eventos do Circuito Mundial IJF, o brasileiro André Mariano dos Santos terá um novo desafio. No Grand Prix de Zagreb, realizado na Croácia, no último final de semana, o árbitro brasileiro, que atuou nos Jogos Olímpicos do Rio, Tóquio e Paris, estreou na função de supervisor de arbitragem cuja principal tarefa é avaliar lances de lutas com o auxílio do vídeo. 


A troca do tatame pela mesa de arbitragem traz uma nova perspectiva e representa um grande reconhecimento da Federação Internacional de Judô ao trabalho do brasileiro na arbitragem. 


"Estamos felizes e orgulhosos de que árbitros de classe mundial possam continuar a servir nosso esporte e passar do papel de árbitro para o de supervisor. Esta é outra dimensão muito importante da arbitragem. Mudar de lado é um desafio, mas temos total confiança na capacidade deles de fazer o trabalho. Seus conhecimentos de judô, suas habilidades e suas capacidades são garantias de que o trabalho continuará a ser de altíssimo nível", explicaram Florin Daniel Lascau e Armen Bagdasarov, os dois diretores de Arbitragem presentes em Zagreb.


A função é, relativamente, nova no âmbito da arbitragem mundial e ganhou relevância com a intensificação do uso do recurso de vídeo para a revisão de pontuações e punições em tempo real durante os combates. Na prática, o árbitro central, que fica no tatame, é auxiliado por uma comissão de árbitros que assistem à luta da mesa técnica tendo à disposição o recurso do vídeo replay, que exibe o lance em diversos ângulos. Baseada nesses pontos de vista, a comissão avalia as ações dos judocas e indica ao árbitro central o que deve ser assinalado no placar.


“Minha vida é o judô. Estou no tatame todos os dias em casa, no Brasil. Sou acima de tudo um professor de judô. Ao longo da minha carreira como árbitro esperei por este momento em que posso contribuir de uma forma diferente e trazer toda a minha experiência", disse Mariano em entrevista ao site da FIJ. 


O sucesso do Brasil na arbitragem internacional é reflexo do trabalho contínuo da CBJ no desenvolvimento e capacitação da arbitragem brasileira. O presidente da Confederação, Silvio Acácio Borges, também atuou como árbitro FIJ A e, ao longo desses oito anos liderando o judô brasileiro, estabeleceu diversas iniciativas de valorização deste segmento, trazendo inovações e ainda mais reconhecimento aos árbitros e árbitras brasileiras.

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