Com apoio do COB e CBJ, Maria Portela conclui curso de formação de treinadores em universidade húngara
Judoca passou os últimos três meses estudando em Budapeste e preparando transição de carreira após aposentadoria das competições
Quando anunciou sua aposentadoria das competições, em março deste ano, a judoca Maria Portela afirmou que retornaria à faixa branca em busca de uma nova jornada como treinadora. O primeiro passo foi concluído há poucos dias após passar três meses estudando na Hungria.
A substituição do dojô pela sala de aula levou Portela ao International Coaching Course (ICC), um programa de formação esportiva oferecido pela Universidade Húngara de Ciências do Esporte em cooperação com o Comitê Olímpico Internacional (COI).
“Quando nós somos atletas é como se estivéssemos protegidos em uma bolha e ficássemos concentrados em só o que temos que fazer. Por outro lado, ser treinador é pensar no macro e no outro, em como vou conseguir ajudar não só um atleta, mas todos. Nesse sentido, o curso foi um grande aprendizado para mim”, refletiu.
A rotina de estudos contou com aulas teóricas e práticas relacionadas a diferentes áreas do esporte, além de vivências em clubes de alto rendimento e de formação de atletas. Portela pôde ainda acompanhar uma competição local para entender como funcionava o sistema do judô húngaro e teve contato com treinadores de diversos países e modalidades, o que intensificou seu aprendizado.
“O convívio com outras modalidades foi muito importante para essa nova trajetória como treinadora, porque lá tinha treinadores com 30 anos de experiência e recém formados. Nós vivemos esses meses bem intensamente, estudamos juntos e passamos por processos avaliativos. Também tivemos uma troca muito grande em relação às experiências que vivenciamos. Para mim, além desse contato, foi muito importante entender mais sobre como outras modalidades funcionam”, disse.
A oportunidade veio graças à parceria entre a Confederação Brasileira de Judô e o Comitê Olímpico do Brasil que inscreveu a judoca no ICC por meio do programa Solidariedade Olímpica, do COI.
“Fiquei muito contente com a oportunidade. Foi algo que somou muito para esse início e abriu meus olhos para um novo mundo”, concluiu.